Bruna Bessi
O sucesso na jardinagem exige sair do piloto automático e entender as necessidades de cada espécie. Veja o que fazerSer conhecido por ter “mão ruim para plantas” não é algo do que se orgulhar. O problema pode ser, na verdade, falta de orientações sobre como fazer o plantio ou cuidar das espécies. Conseguir bons resultados exige sair do piloto automático e entender as necessidades da planta – diminuindo a quantidade de regas no inverno, por exemplo. “Quem nunca tem sucesso na jardinagem costuma tratar as mudas como objetos decorativos. Seguir a indicação de regar todo dia uma espécie, mesmo sem necessidade, é errado e prejudicial. Tudo deve ser muito bem dosado”, afirma Angela Cristina Rossi, agrônoma do Shopping Garden.
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Veja na galeria algumas ideias para ter plantas em espaços pequenos
Pedaços de garrafas plásticas foram usados para improvisar o jardim. Projeto de Marcelle Gobetti na Expoflora 2013
Foto: Divulgação
Estrados e toras de madeira serviram de apoio às especies na Morar Mais por Menos Goiás
Foto: Divulgação
Uma grade metálica foi o recurso usado para abrigar os suportes das plantas. O modelo é fácil de ser reproduzido
Foto: Divulgação
O quadro vivo da parede foi a opção exposta na Morar Mais Por Menos Goiás. Neste modelo, as plantas ficam penduradas
Foto: Divulgação
A parede do espaço na mostra goiana também foi aproveitada com plantas. As espécies foram presas por trás do revestimento de pedra
Foto: Divulgação
E que tal transformar o portão em um jardim? Pendure os vasos nas grades e cuide da manutenção. Projeto da Expoflora
Foto: Divulgação
A estante recebeu nova utilidade ao abrigar uma pequena horta caseira. Lembre-se de impermeabilizar a madeira para que o material não estrague
Foto: Arquivo pessoal/ Dan Germel
Uma opção para espalhar o verde pela casa é aproveitar os módulos de cerâmica da construção
Foto: Divulgação
Vasos antigos de alumínio deram suporte às plantas penduradas no estrado de madeira
Foto: Divulgação
Os vasos foram pendurados por meio de cabos metálicos. A ideia é prática e foi exposta na Casa Cor Santa Catarina 2013
Foto: Divulgação
Usar tijolos e tábuas de madeira é uma alternativa na hora de conseguir suporte para as espécies. A ideia é de Raquel Nopper Alves para a Expoflora 2013
Foto: Divulgação
Caixas e estantes também funcionam quando o assunto é aproveitar todos os cantos da casa. Projeto da Morar Mais Goiás
Foto: Divulgação
A parede ao fundo recebeu uma estrutura de papelão para abrigar as epitáfias. É importante impermeabilizar o material
Foto: Guilherme Lara Campos / Fotoarena
No escritório criado por Marisa Lima, a solução foi pendurar os vasos no painel de madeira
Foto: Felix Lima
Na entrada de uma expo paulistana, o grupo Farah, responsável pelo Jardins da Cidade e Calçada, colocou samambaias em gavetas presas na parede
Foto: Guilherme Lara Campos / Fotoarena
A arquiteta Jóia Bergamo utilizou dois jardins verticais no ambiente. Destaque para as samambaias do círculo de madeira pintada
Foto: Guilherme Lara Campos / Fotoarena
Prateleiras são estruturas ideais para quem conta com pouco espaço. Use espécies de pequeno porte
Foto: Fábio Setimio / Fotoarena
Cachepôs de fibra de coco podem ser pendurados em uma parede. Projeto da paisagista Daniela Sedo
Foto: Divulgação
Um quadro de luz antigo foi adaptado e recebeu a planta rosário (Senecio rowleyanus). O que achou da proposta?
Foto: Divulgação/Letícia Lenz
Correntes e garrafas pet improvisaram um jardim vertical. Tem um quintal estreito? Esta pode ser a solução
Foto: Arquivo pessoal / Reciclagem, Jardinagem e Decoracao
A técnica utilizada pelo paisagista e agrônomo Alessandro Terracini consiste em pendurar vasos de plásticos a uma treliça com ajuda de ganchos
Foto: Guilherme Lara Campos / Fotoarena
O jardim vertical de Ana Paula Magaldi também aposta na praticidade das grades metálicas na hora de prender os vasos
Foto: Divulgação Ana Paula Magaldi
Outro erro comum dos pouco habilidosos com plantas é fazer a interpretação errada das informações do cultivo. Uma espécie que precisa ficar na sombra (a violeta é um caso) não deve ser colocada na escuridão. O indicado é deixá-la na presença da luz natural, porém, fora do alcance direto do sol. Não respeitar o período de adaptação das plantas também afeta seu desenvolvimento. Uma muda comprada em loja não pode ficar diretamente no sol, pois acaba morrendo. “Toda espécie apresenta um comportamento diferente. A palmeira areca-bambu precisa ser exposta primeiro na meia sombra e somente depois no sol”, afirma Christiane Roncato, paisagista.
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O vaso é mais um elemento que deve estar adaptado para que aconteça um plantio eficiente. O ideal é ser proporcional ao porte da espécie — lembre-se de que quanto menor a planta, menos reservas de água e nutrientes ela terá. E nada de misturar diversas variedades no mesmo local, pois as de raízes muito vigorosas atrapalham as demais. “O indicado é fazer um cultivo personalizado para cada tipo de planta. A orquídea, por exemplo, tem raízes aéreas e muita gente a coloca em vaso. O melhor é amarrá-la em algum lugar”, diz a paisagista. “Outro deslize é afogar a planta durante o replantio. Ela precisa respirar e não ficar enterrada até o caule.”
A ansiedade de não esperar o crescimento natural da planta também atrapalha a jardinagem. Segundo as especialistas, mexer sem parar nas sementes ou mudas é prejudicial, assim como tirar as espécies dos vasos antes de atingirem o nível de maturação adequado. “Elas sentem a mudança, demoram a se readaptar e podem morrer. O mesmo vale para o caso de plantas adultas, inclusive se tratando de uma simples troca de canto na casa”, afirma Angela. A sensibilidade das plantas vale ainda quando o assunto é adubação – que deve ser feita a cada três meses. O cuidado com as medidas é importante, assim como a preparação do composto orgânico (sempre feito em composteiras).
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